manoela | Cléo Busatto, uma artista da palavra https://cleobusatto.com.br Cléo Busatto, uma artista da palavra Fri, 30 Apr 2021 12:15:41 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.1 https://cleobusatto.com.br/wp-content/uploads/2019/08/cropped-favicon1-32x32.png manoela | Cléo Busatto, uma artista da palavra https://cleobusatto.com.br 32 32 Dia das Crianças: conheça livros atuais da literatura infantojuvenil https://cleobusatto.com.br/?p=8812 Tue, 24 Nov 2020 17:48:01 +0000 https://cleobusatto.com.br/?p=8812 A reportagem da Folha de Pernambuco selecionou publicações recentes que estão contribuindo para o crescimento da literatura infantojuvenil brasileira nos últimos anos

Toda criança gosta de se imaginar como herói ou heroína, a se desafiar na criação de histórias e se identificar na pele daquele personagem favorito. Esses processos são possíveis, em parte, por causa da literatura. E ela vem sendo consumida cada vez mais pelas crianças brasileiras, segundo a pesquisa “Retratos da Leitura”, que afirma ter crescido a relação entre a faixa etária e os livros no último levantamento, em 2020. Neste 12 de outubro, data que celebra crianças e leitura, a reportagem da Folha de Pernambuco selecionou publicações recentes que estão contribuindo para o crescimento da literatura infantojuvenil brasileira nos últimos anos.

Coleção “Os Minúsculos”

A escritora e mestra em teoria literária Cléo Busatto traz uma coleção com cinco volumes da obra “Os Minúsculos”, com temáticas sociais para as crianças. O preconceito racial, violência no esporte, trabalho infantil, abandono na infância, bullying escolar, preconceito social, relação familiar e a descoberta da paixão são alguns debates desafiantes que ela traz às crianças, mostrando que é possível crescer longe de preconceitos e juízo de valores. Amizade, lealdade e fraternidade são alguns dos pontos trazidos pela autora. Venda: www.cleobusatto.store

Fonte: https://www.folhape.com.br/cultura/dia-das-criancas-conheca-livros-atuais-da-literatura-infantojuvenil/157791/

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Leitura em casa: Cléo Busatto traz dicas para incentivar a prática desde a infância https://cleobusatto.com.br/?p=8803 Tue, 24 Nov 2020 16:56:07 +0000 https://cleobusatto.com.br/?p=8803 Com a sua capacidade de ampliar o vocabulário, melhorar a autoestima, desenvolver a criatividade e estimular o cérebro, a leitura é super importante na vida do ser humano. Mas, às vezes, com a rotina atarefada, a criançada acaba deixando de lado essa atividade, e é aí que os pais devem entrar em ação!

Segundo Cléo Busatto, escritora, mediadora de leitura e mestre em Teoria Literária, duas grandes dicas para incentivar a leitura em casa são criar um ambiente propício para atividade e explorar os interesses dos pequenos. “Uma casa-leitora tem livros, revistas e gibis espalhados pelos ambientes. Existem outros suportes para o texto, como tablet, celular, leitor de ebook e computador, que cumprem esse papel, mas o livro é o único deles que não precisa de tomada para funcionar e não descarrega”, afirma ela. E continua: “Descubra o gênero e os temas que lhes atraem e vá atrás de títulos que falam sobre isso.”

E não para por aí! A escritora acredita que a leitura também pode ter um papel transformador na sociedade, já que a história permite que a criança viva a ficção de uma forma verdadeira. “Ela se torna o personagem, vive seus afetos, experimenta situações singulares e, desse lugar imaginário, amplia contradições e resolve conflitos”, explica ela. “Ao sair do espaço ficcional, a criança transporta essa experiência íntima, para as relações estabelecidas no cotidiano e pode voltar ao mundo real, mais potente, sábia e compassiva e aceitar as diferenças entre as pessoas”, finaliza Cléo.

Cléo lembra ainda que o primeiro passo para estimular o interesse pela leitura nos pequenos deve partir da família. “Uma família leitora forma filhos leitores. Construa com as crianças, um universo de acolhimento, de encantamento, onde elas possam exercitar os afetos e se distrair através da leitura literária”, diz a escritora.

E para te ajudar a estimular ainda mais a leitura no ambiente familiar, separamos alguns livros incríveis, disponíveis na Amazon, para você dar uma olhada:

Coleção Os Minúsculos – https://amzn.to/38S2QlG

Fonte: https://anamaria.uol.com.br/noticias/familiafilhos/leitura-em-casa-cleo-busatto-traz-dicas-para-incentivar-a-pratica-desde-a-infancia.phtml?fbclid=IwAR00xhUD_Aex-UAbk5zXnxPeLQ3-HN15-Tx4g-_UizG65_tGwB2S7zyHHbo

 

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Entrevista Cléo Busatto https://cleobusatto.com.br/?p=8715 Thu, 16 Jul 2020 17:57:38 +0000 https://cleobusatto.com.br/?p=8715 Nos últimos tempos, com a criançada em casa, os pais têm precisado se reinventar. Não bastasse o malabarismo para o home-office e as atividades domésticas, é também preciso manter as crianças entretidas em suas próprias atividades e brincadeiras.

Pensando nisso, convidamos a escritora e contadora de histórias Cléo Busatto para um bate-papo, onde ela não só nos deu dicas de como incluir a literatura nas brincadeiras, mas também contou um pouco mais do seu incrível trabalho.

Para quem não a conhece, Cléo é autora de mais de 25 obras que transitam entre temas como infantojuvenil, oralidade e mídias digitais. Eles fazem parte de programas de leitura e catálogos internacionais, como o da Feira do Livro Infantil de Bolonha – Itália. Em 2016, “A fofa do terceiro andar” foi finalista ao Prêmio Jabuti, na categoria juvenil. É uma artista das palavras, como é conhecida.

Cansei de Ser Pop – Numa sociedade em que o entretenimento está nas telas do celular e tablet, quais as dificuldades de manter as crianças focada no mundo offline?

Cleo Busatto – Quando as crianças não encontram nada mais interessante que o mundo virtual, elas ficam por lá. Mas se você oferecer coisas tão estimulantes, como as que ela encontra no meio digital, ou até mais interessantes, ela larga o celular e o tablet. Brincar e ler, por exemplo, são duas atividades que pedem um sujeito presente na ação, se ele não estiver, a ação não se concretiza.

Vamos falar em leitura literária, como forma de manter as crianças offline: eu digo que o livro é o único suporte que carrega a literatura, que não precisa de tomada para ligar. O livro é um companheiro para todas as horas. Você o carrega para cima para baixo, só não leva para o chuveiro. Ou leva, tem livro para criança que você leva para o banho, sim, que é o livro-brinquedo. O livro distrai, educa, conforta e traz alegria, como diz minha mãe.

Contar história é outra forma de mantê-las offline, com qualidade.  Para isso não precisamos de nada além da voz, da corporalidade e dos sentimentos que nos habitam.   Imagina os homens da caverna contando histórias ao lado de uma fogueira, à luz da lua. Eles criaram a narração oral de histórias. Então é isso, para manter a criança offline e entretida, conte e leia uma história

CSP – Como contadora de histórias e especialista em manter crianças atenta apenas em você, quais dicas você pode dar a quem está em casa tendo que usar todas as ferramentas para entreter suas crianças?

Cleo Busatto – Antes de tudo, contar com o coração, ou seja, estar disponível para esta ação. Contar história não pode ser uma obrigação. Deve-se fazer desse momento um instante de prazer e partilha de afetos. Se os pais não têm capacidade de memorizar uma história, que abram um livro e leiam, mas leiam com vontade, nada daquela leitura monótona e insossa.

Uma boa leitura pede intenção, pede ritmo, pede a construção de imagens no ar. Estas são algumas técnicas que descrevo nos meus livros: “Contar e encantar, pequenos segredos da narrativa”; “A arte de contar histórias no século XX” e “Como vender, a arte de se comunicar contando histórias”.  Neles eu abordo os três pilares para a narração oral: ritmo, intenção, imagens.

CSP – A coletânea de contos Minúsculos elucida a complexidade da alma humana e valorizam a formação da consciência pessoal, a partir da reflexão das situações cotidianas, além de falar às crianças que é possível crescer livre de preconceitos e juízos equivocados nas relações pessoais. Existem histórias ou feedbacks dos pais sobre a mudança de perspectiva da criança em relação a estes temas?

Cleo Busatto – “Os Minúsculos”, ainda não foi lançado. O lançamento deve acontecer no segundo semestre, se o Covid19 deixar. Cansei de ser pop é o primeiro canal que divulga esse livro. Então, eu ainda não tenho um retorno dele, mas eu posso falar de outros livros que escrevi.

Existe uma resposta, sim. O “Histórias que eu gosto de contar” é um livro que revelou a origem de Ana Clara. Ela é uma menina que foi adotada e os pais ainda não tinham revelado isso para ela. Aguardavam o momento adequado, e ele surgiu quando ela leu uma das histórias, onde o personagem é um menino adotado que fica sabendo disso através dos colegas de escola, e de uma forma muito ruim.

A complexidade da alma humana está presente nos meus livros, porque essa temática é muito significativa para mim. Numa outra situação, a mãe da Ana Clara veio me contar que ela leu “A fofa do terceiro andar” e descobriu que é importante falar sobre os sentimentos. Ana Clara é uma menina tímida e através da identificação com a personagem ocorreu esta descoberta pessoal.

Tem outras revelações que chegam até mim e me deixam muito feliz. A literatura tem este poder de despertar o leitor para realidades que ele desconhecia e para o autor, para mim, ao menos, não há recompensa maior que esta.

CSP – Como mulher, como você utiliza seu lugar de fala para pautar assuntos como feminismo, por exemplo. E qual a forma você acredita ser mais lúdica e assertiva para falar sobre empoderamento e machismo.

Cleo Busatto – A literatura é o espaço para falar sobre estes assuntos e eu lanço mão desta arte para propor reflexões, seja para crianças, jovens ou adultos. Estou finalizando um livro que aborda o feminismo, o machismo e as relações abusivas provocadas por ele. Uma das personagens deste romance vive no início do século passado, era uma feminista, mas foi sufocada pela cultura da época.

Mais que o feminismo, me interessa o feminino, um tema que me encanta. O feminino é o espaço do acolhimento, disponível a todas as pessoas, independente de gênero, raça ou condição social. O feminino transpassa essas camadas e nos torna mais humanos, generosos e tolerante.

CSP – Alguns nomes conhecidos como Emicida, Lázaro Ramos, Elisa Lucida, entre tantos outros, estão também no universo da literatura infantil, com protagonistas negros e trazendo a pauta identitária para o universo da literatura infantil. Como escritora, como você trabalha essas pautas como o racismo e a inclusão de personagens negros para seus livros?

Cleo Busatto – Sim, trabalho. Inclusive “Os Minúsculos” fala do racismo nas relações infantis. Um menino negro não é acolhido no jogo de futebol de meninos brancos. A inclusão está presente nos meus textos, não apenas com relação aos personagens, mas também com relação aos temas.

CSP – Se fosse para transformar um livro seu em um musical ou um filme hoje, qual você escolheria? Por quê?

Cleo Busatto – “A fofa do terceiro andar”. Adoraria transformá-la num musical, num filme. Ela está disponível. Alguém se habilita?

CSP – Para finalizar, quais livros seus, até mesmo de outros autores, você recomenda hoje para cada fase da infância?

Cleo Busatto – Inicialmente quero indicar meus livros. Aguardem “Quatro histórias de amor para pequenos leitores”. Este é outro lançamento do ano, juntamente com “Os Minúsculos”. “Quatro histórias…” é um livro lindo, para os pequenos, no estilo road movie. Os personagens circulam pelo mundo. Também para crianças: “O tempo das coisas” e o “O livro dos números bichos e flores”. Para quem tem mais fôlego de leitura, indico “Histórias que eu gosto de contar”. Para os adolescentes, “A fofa do terceiro andar”.

Autores que eu amo: as poesias para crianças da Cecília Meireles. Os contos da Marina Colasanti para adolescentes e adultos. Os livros do Carlos Ruiz Zafón Carlos, na linha suspense, mistério, para adolescentes e adultos também. Mia Couto, para todas as idades. Érico Veríssimo, dos oito aos oitenta. Alice Munro, uma canadense Prêmio Nobel, amo os contos dela e sua capacidade narrativa.

 

Fonte https://canseideserpop.com/livros/entrevista-cleo-busatto/

 

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